15/07/2009

É incrivelmente feliz abrir a caixa de emails e receber dezenas de mensagens com elogios ou depoimentos que terminam com um ponto de exclamação no final da frase. Juro mesmo. Adoro criar as peças, adoro pesquisar para saber o que posso oferecer de confortável e novo para você e amo quando tenho os feedbacks com as histórias de quem compra ou encomenda alguma peça. Amo!


Escolhi esta imagem como ilustração de um texto que já nasceu faz tempo na minha cabeça, mas que só tomou ‘corpo’ ontem, na minha caminhada diária. Eu analiso todos os emails que me mandam, observo os pontos de vista, adiciono às minhas pesquisas de mercado, consolido informações, gostos e um assunto que sempre vai e volta é a confusão que a mulherada faz quando escolhe o que comprar, seja por culpa dos excessos, da opinião do bofe, da indecisão que faz parte do universo do ser.

Há quem ache fútil falar de moda, ou nos casos mais graves, inútil. De um outro lado, muitas mulheres sentem culpa em falar de moda. Difícil porque se deparam sempre com aquele dilema: abrem o armário e fazem cara de 'ué' porque não sabem o que vestir.

Sobre a ala masculina, dá até pra entender. Vestir um homem é menos complexo e faz parte da cultura masculina o “less is more”. Acho um charme o “less is more”, a camiseta branca, o jeans novinho mas que tem cara de velho. E, acima de tudo, amo homem que não faz a menor questão de disputar espelho comigo. Não pode, né!

Já quanto às mulheres... Eu tenho uma teoria que sigo à risca e concordo plenamente. Mulher tem ou quer vários de tudo mesmo que o tudo seja de ‘alguma coisa’. Por que? Porque mulher muda mesmo. Muda toda hora, é nossa natureza e eu acho uma delícia ser assim.

Um dia, estamos inteiras em nossas vidas e, cinco meses depois, dividimos nosso corpo dando vida a um outro ser. Mais cinco meses depois, apresentamos este ser ao mundo. Voltamos a emagrecer, ou engordamos. Ontem queríamos nosso cabelo curto. Cortamos. Hoje, olhamos para ele e nos imaginamos daqui a dois meses e o corte que teremos, ou a cor que trocaremos. Somos assim. E qual é o problema? Não há problema.

Tudo começa a ficar muito mais simples quando a gente se aceita, aceita que não é preciso ser igual a ninguém, aceita que o armário está cheio, mas para de se culpar porque não tem vontade de vestir o que está nele.


Vamos pensar: o armário está cheio de que? Das coisas que há dois meses, eram SUPER necessárias para serem compradas. Portanto, a insatisfação será eterna a não ser que você se harmonize com a metamorfose ambulante. E constante. Há dois meses, você p-r-e-c-i-s-a-v-a muito de uma coisa. Comprou. E é exatamente para ela que você olha hoje, quando abre a porta, e continua com a mesma frase de antes da aquisição: “não tenho nada para usar nesta ocasião!”.

Por essas e outras, resolvi investir mesmo em acessórios. Cada peça que crio leva com ela uma alegria imensa que eu sinto por vê-la pronta e saber que fará diferença no look de alguém. Quando você prova um colar, fala comigo, se olha no espelho, eu vibro. Vibro da mesma forma quando um amigo dedica cinco ou dez minutos do tempo dele e escolhe alguma coisa para a namorada, para a mãe ou a irmã. É o momento em que se pensa no carinho ao outro ou em si. É por isso também que adoro misturar tantos elementos, quebrar o óbvio do metal com fitas, couro, como tenho feito nas peças mais recentes. Inspiração de tudo. Abri os olhos, estou associando idéias. Durmo, sonho com as formas e as cores. E assim eu também ando na minha metamorfose.

Acessórios deixaram de ser itens fúteis. Hoje, os vejo como investimento e um grande aliado pela transformação daquele vestido basiquinho, que quase anda sozinho de tanto que uso mas que sempre renova meu astral conforme vario a pulseira, a bolsa, os brincos ou os colares. Portanto, contem com a minha marca e lembre-se dela quando a crise do “ué” tentar entrar na sua cabeça. Não tem “ué”. Tem “já sei, vou dar um jeitinho”.

Para concluir esse momento ‘abre coração’, vou contar pra você que as peças mais escolhidas pelos homens às suas digníssimas foram as mais delicadas, de organza, tanto colares quanto brincos. Achei o máximo. Das meninas, sai um pouco de tudo mas dá pra entender, não é mesmo?

E fecho o post com uma frase que amei: “A confusão é aquele estado maravilhoso que antecede a clareza”.

See you.
Beijo.
Imagem: blog Deu a louca no armário

Um comentário:

  1. Oi queridonaaa, estou sempre por aqui te olhando. Amei o último email!!!
    vc é um doce de pessoa!!!
    bjins, POPI

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